
Foi bom quando deitamos na noite para observamos as estrelas, falamos de sonhos e convicções e naquele instante parecia não ter inverno, você segurou minha mão e disse que me amaria para sempre, naquele momento me convenci de que tudo era verdade.
Desejamos estrelas cadentes para que fossem feito ingênuos pedidos, tão eloquentes! Mas foi tudo mera distração, você foi meu efêmero refugio, ocupou meu vazio que há tempo não preenchia. Mas foi tudo ilusão, foi quimera, lá fora já nem era mais primavera e aqui dentro já não existíamos nós,e como tudo que antes era tão pessoal, tornou-se tão indiferente?
Deixei sua paixão em sua cabeceira enquanto você dormia, e dormia tão seguro e apaixonado com a certeza de que não te abandonaria, mas quando levantei-me de sua cama já não te pertencia, seu corpo já não me chamava e teu molde não me cabia mais e sua respiração na minha nuca....incomodo!!!
Me levantei e me dirigi a rua, andei pelo nosso mesmo céu estrelado, no entanto, me vesti de egoísmo, e naquele instante a lua e as estrelas eram minhas, até as cadentes que escutaram apenas meus pedidos e suspiros.
Aquela noite me abraçava tão forte, me deu o colo que eu precisava para chorar porque abandonei você, mas não se exalte, já não lhe resta esperança alguma, pois, talvez fosse lágrimas de alívio, por saber que enfim, não caberia mais em teu braços tão confusos.